Hoje amanheci com uma saudade de ver o Miguel Falabela em cena no clássico programa de Televisão, exibido na década de 90 chamado Sai de Baixo, na Rede Globo de televisão. Ele interpretava o Caco Antibes, que na minha opinião foi o seu maior personagem ou talvez o maior caricato de sua carreira. Uma das minhas passagens preferidas era ele escrachar a ignorância e a pobreza com um ar sarcástico único. Sua vítima preferida era a empregada. Hoje pela manhã, uma amiga minha que reside na Áustria enviou-me o e-mail abaixo, e isto foi nostálgico. Divido neste blog esse sentimento. Boa leitura e boas risadas.
“Hoje de manhã eu fui à feira.
Antes de sair, meu patrão me pediu para eu trazer figo.
Aí eu perguntei:
- figo fruta ou bife de figo?
O homem ficou uma fera.
Gente fina, seu Adamastor, num ligo não.
Ele tem sistema nervoso.
Também, com um emprego chato daqueles, vou te contar.
Ele é Fiscal da Receita.
Deve ser um saco ficar conferindo receita de médico o dia inteiro..
Depois chegou o Adamastorzinho, o filho mais novo deles.
Acabou de ganhar um carro todo equipado.
Tem roda de maionese, farol de pilha, teto ensolarado e trio elétrico.
Não sei porque trio elétrico num carro, deve ser porque ele gosta de música baiana.
Ingrato esse Adamastorzinho.
Fiz a comida preferida dele e ele ainda me chamou de burra.
Eu disse a ele, toda boba, quando ele chegou:
Adamastorzinho, adivinha a comida que eu fiz pra você?
- Qual, Dircinéia?
- Começa com "i"...
- I???
- É, iiiiiii !!!
- IIIII.Num sei.
- Pensa: iiiiiiiii .
- Huuuummm, desisto.
- Istrogonofi !!!
Aproveitando a ausência dos patrões, Dircinéia pega o telefone e fofoca com a amiga Craudete:
- Cê num sabe da úrtima?
Eu discubri que aqui nessa mansão que eu trabaio é tudo fachada!
- Como assim, Dircinéia?
- pergunta a colega, confusa.
- Nada aqui é dos patrão!
Tudo é imprestado! TUDO! Cê cridita numa coisa dessas?
Óia só: a rôpa que o patrão usa é dum tal de Armani... a gravata é dum tal de Pierre Cardin...
o carro é de uma tal de Mercedes... nadica de nada é deles.
- Nooooossa, que pobreza!
E além de pobre, eles são muito ixibidos, magina que ôtro dia eu escutei o patrão no telefone falano que tinha um Picasso
- E num tem?
- Que nada, fia... é piquinininho de dá dó!"
Contribuição: Claudete Pontes – Viena - Áustria