A História do dia que vou relatar é uma das mais vergonhosas façanhas de nossas forças militares. Trata-se do episódio denominado BATALHA DAS TONINHAS. O fato ocorreu ao final da PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (muitos acreditam que o Brasil nem participou dos combates na Europa nesta guerra), mais precisamente em 1918, quando Brasil após decretar guerra contra a Alemanha por conflitos comerciais e navais, se compromete a enviar ajuda a Tríplice Entente. Nossa participação , de forma tímida e humilde ficou restrita ao envio de nossa pequena armada de navios da Divisão Naval em Operações de Guerra (D.N.O.G.) sobre o comando do Almirante Pedro Max Fernando Frontin e receberam ordens do comando de guerra inglês para seguirem para o estreito de Gibraltar. Os ingleses alertaram os brasileiros sobre a presença de submarinos alemães que já haviam afundado embarcações inglesas naquela área. A armada brasileira rumou para o local designado, na porta de entrada do mar mediterrâneo e lá o almirante Frontin, a bordo do navio Cruzador Bahia avistou uma “mancha escura” no periscópio (o navio não possuía hidrofones para detecção de submergíveis movendo-se em velocidade constante e uniforme e sem titubear ordenou um ataque maciço contra a “ameaça”. Depois da carnificina, o estranho é que não tinha nenhum alemão morto e sim um enorme cardume de TONINHAS, um parente próximo dos golfinhos. Depois de dizimar boa parte da fauna marinha do mediterrâneo e as baixas sofridas na nossa tripulação pela gripe espanhola, e também de nossa marinha atacar submarinos norte-americanos, que eram nossos aliados (outro episódio pitoresco que contarei em outra oportunidade…), os ingleses acharam melhor ordenar nossa retirada e assumir a patrulha da área. Mas como brasileiro acha graça em tudo, inclusive na própria desgraça, entre muitas piadas, foram criados relatos de um comandante alemão que, vendo o que teria acontecido, disse: “Se eles fizeram isso com um grupo de golfinhos, imagina o que farão conosco!” e caiu fora de Gibraltar…Te mete com os Brazucas, hein?