A história do dia, vai abordar um assunto ligado a MULHER e expondo as ATITUDES MACHISTAS que perduram até nosso dias e as suas raízes históricas. Sempre brinco com meus alunos que nossos netos e bisnetos anacronicamente vão olhar nossa sociedade e terão grandes motivos para rir de absurdos que vivemos. Um deles é a LEI MARIA DA PENHA, o qual já existe tipificado o crime de agressão em nosso Código Penal, independente do sexo de quem foi agredido e mesmo assim, torna-se necessário uma lei específica para proteger as mulheres em pleno Século XXI de agressões de seus companheiros e ainda todo um aparato de proteção social contra machistas covardes que praticam violência doméstica. Mas isso que vivemos, é fruto de uma sociedade que evoluiu cultivando uma discriminação e uma possessividade doentia do homem sobre a mulher. A Tirania masculina dos brasileiros já causava horror no século XIX. Em um registro do francês naturalizado brasileiro Hercule Florence, por volta de 1820, em visita a Mato Grosso, perto da cidade de Cuiabá, um senhor de engenho que era viúvo mostrou algo assustador, pois em seu quarto ele tinha um alçapão no chão e disse ao Hercule “Aqui embaixo, é que eu GUARDAVA A MULHER quando tinha de sair de casa. Ela descia por uma escadinha que eu recolhia, e recebia alimentos pela janela do engenho”. Sendo assim, o chavão machista, ainda hoje recitado, de que “Lugar de mulher é no fogão” em nosso passado já foi “no porão” , demonstrando claramente o quanto evoluímos e o quanto necessitamos evoluir. (Fonte: Entre a luxúria e o pudor, de Paulo Sérgio do Carmo)