A história do dia vai dar continuidade ao tema cheiros e perfumes. Escrevo isto hoje, de frente pro mar e sentido o aroma de maresia e isso é diferente e particularmente inspirador. O nosso olfato, é um sentido dos mais prazerosos e o estimulo de prazer que ele nos proporciona é devido as sensações olfativas que são processadas pela nossa área límbica de nosso cérebro e a partir dela desperta-se outros desejos. Mas se o cheiro for nauseabundo, este sentido pode tornar-se um vilão pois ele também é um dos principais incentivadores de nosso aparelho digestivo e pode desencadear a náusea e por consequência o vômito. As fragrâncias que exalam bons odores são desejadas pelo homem desde os primórdios. O homem pré-histórico queimava madeiras e resinas selecionadas e escolhiam as que deixavam seu cheiro e gosto impregnados nos alimentos assados. No Egito antigo a utilização de óleos e essências utilizados em cultos de louvores aos deuses e a utilização de fumaça com odores agradáveis era muito utilizado. O desenvolvimento dos perfumes deu um passo gigantesco com a invenção pelos árabes do Alambique e com ele a destilação de óleos essênciais. Na idade média a palavra Per Fumum, isto é “pelo fumo” já era utilizada e deriva do fumo, por que este era uma das principais fontes aromáticas destes tempos. Mas só na França do século XIX é que a perfumaria tornou-se algo distinto e uma arte apreciada e atividade comercial e industrial. Em 1889 um jovem perfumista chamado Aimé Guerlain inventou de usar moléculas sintéticas e a partir disto começamos a cheirar de acordo com os nossos tempos. Hoje os perfumes são sinônimos de inovação, luxo, robustez, chique, sensual, sofisticação, elegância e encanto. O que já foi privilégio de uso só da elite hoje é consumido por todas as classes sociais.