A história do dia vai iniciar uma sequência de artigos sobre o cheiro, perfumes e costumes olfativos ao longo da história da humanidade. Está ideia nasceu de um fato ocorrido há algumas semanas em um dos locais onde trabalho, na sala dos professores, baixou o comentário sobre cheiros nauseantes (de deixar o caboclo meio esverdeado)e a necessidade do uso de desodorante para pessoas que exalam odores nada agradáveis (sendo consenso que o pior é o popular “sovaco vencido”) e pra afrontar todo este papo de mal cheiro lembrei de como o oposto pode ser agradável. Em alguns lugares de nosso país por exemplo o cheiro bom vale mais que um beijo. Estou me referindo ao Nordeste brasileiro, onde a expressão “DAR UM CHEIRO” é um ritual comum nos enlaces sociais! Essa tradição de valorizar tanto o cheiro, vem de nossa história colonial. Portugal era um reino ultra-marinho e possuía colônias em diversos lugares e um lugar inusitado era Macau, na ásia, onde hoje é uma província chinesa, uma das culturas, junto com os esquimós (Inuits) onde o “dar um cheiro” é costume tradicional de demonstração de carinho. Como o comércio entre as colônias sob a tutela de Portugal e seu pacto colonial, era muito intenso, o costume oriental chegou até o nosso Nordeste e lá é requisito tradicional nas demonstrações convencionais de afeto. O interessante é que o beijo, foi difundido a partir das civilizações gregas e romanas e até a chegada dos europeus a partir de 1492 era desconhecido na América…então para o mau odor vale um bom perfume, pois se o cheiro bom não ajudar, que o fedor não atrapalhe.