A História de hoje vai mostrar que a intolerância e o autoritarismo extremo sempre pode disseminar-se com extrema facilidade, ontem e hoje. Na década de 1930 as ideias fascistas era uma ideologia política social tipo exportação concebida na Europa e usada como arma de combate ao avanço comunista, ideologia fascista esta, que cativou adeptos em muitos lugares do mundo, inclusive no Brasil. Aqui nas terras tupiniquins, um jornalista chamado Plínio Salgado criou um partido político nos moldes fascistas e o chamou de Ação Integralista Brasileira – AIB, mais conhecidos como os integralistas, e que como todo partido de extrema direita fascista, possuíam um simbolo, e neste caso o simbolo empregado foi a letra grega Sigma (Ʃ), uniformizados de camisas e calças verdes e o faziam a saudação integralista que era um simples “Anauê”…isto é, lunáticos lá do outro lado do atlântico e lunáticos cá em nossa pindorama (nome original do Brasil dado pelos selvícolas que aqui habitavam antes da ocupação de Portugal)…Mas a historia que vou contar é muito mais bizarra e trata-se de um ode a ignorância política, autoritarismo e intolerância. No distante estado do Piauí, o chefe dos Integralistas era o monsenhor Cícero Nunes, que era diretor do colégio Diocesano, o mesmo obrigava os seus alunos a usarem uniforme integralista e fazer o cumprimento “Anauê” para com os demais. Um dia , apareceu no quadro-negro um desenho do monsenhor dentro de um caixão. O monsenhor Cícero descobriu o autor da travessura que era um estudante chamado José Fernandes Rego, que como castigo principal recebeu 6 golpes de palmatória (instrumento de tortura, feito de madeira, usado para bater nas palmas da mão) e o monsenhor justificou a punição dizendo-lhe “por conta de meu enterro” e em seguida aplicou mais 6 palmadas e justificou “por conta do Marx”. A paranoia comunista era tanto que o monsenhor acreditou que a atitude do menino foi influencia das ideais socialista de Karl Marx. O coitado do Zé do rego, com as mãos sangrando, ficou inconformado: “ Seis não tem importância, foram por causa do desenho do caixão. Mas levei mais seis por conta de um tal de Marx que não sei quem é. Esse f*d*p* eu arrebento!”
Encontrado em A eleição da reeleição, de Sebastião Nery