A história de hoje será sobre parte da história das telecomunicações no Brasil, mais precisamente na década de 80. Pelas grande dimensão territorial de nosso país a necessidade de termos a nossa disposição satélites de monitoramento e comunicação é imperativo e altamente estratégico e até 1985 dependíamos totalmente de satélites de outros países, quando neste ano lançamos o nosso primeiro satélite Brasilsat A1 (Embora o mesmo foi projetado e construído por 2 empresas, sendo uma canadense e a outra americana) que cobriria as comunicações nacionais. Em 28 de março de 1986 foi lançado outro satélite que deveria cobrir as transmissões internacionais, tratava-se do Brasilsat A2 e custou milhões de dólares e em seu lançamento os técnicos estavam com muito medo, pois por conta do contingenciamento de verba não foi possível fazer seguro do equipamento. Na época o então folclórico ministro das Comunicações, o político baiano Antônio Carlos Magalhães (1927-2007), resolveu o problema com uma ordem inusitada: “Em lugar do seguro, ponham uma fitinha do Senhor do Bonfim, e tudo estará resolvido”. O santo do ministro era forte, pois deu tudo certo, e o Brasilsat A2 ficou em operação até 2003, uma década além do tempo previsto. Só lembrando que atualmente o Brasil possui só um satélite em órbita que pertence ao nosso governo e foi construído com tecnologia chinesa, trata-se do CBERS-4. Lamentável.