A história de hoje vai falar de um pensador iluminista que sintetizou o que era a palavra REVOLTA. Embora a palavra Revolta tenha sua etimologia no latim de “Revolutio” e de “Revolutus”, que também designa revolução, tem nesse pensador e em suas ações a materialização do significado, que é: dar a volta. Seu nome de batismo era François-Marie Arouet (1694-1778) e os adjetivos irônico e crítico feroz eram os mais leves ao se referir a sua pessoa. A ira e a sobriedade empregados em suas escritas foram um grande motor do movimento Iluminista. Tudo mudou Quando em 1717 François-Marie foi preso na Bastilha, prisão política por ordem do rei da França por um período de 6 meses. Seu crime? Ele era o autor de um panfleto criticando o autoritarismo real. Quando saiu pra prisão do rei, François-Marie Arouet passou a se chamar VOLTAIRE e tornou-se a encarnação da pura e simples REVOLTA, armado de uma caneta e com uma escrita ferina logo a França não seria mais a mesma. Voltaire voltaria ser preso novamente mais tarde, mas saindo da prisão, lá estava ele determinado a plantar ideias que iriam ser as bandeiras da luta em busca da liberdade de expressão, como a sua histórica frase “Posso não concordar com uma só palavra do que dizes, mas defenderei com minha vida o direito de você as dizê-las” e contra os seus principais desafetos: O Rei, com seu autoritarismo e a Igreja, com sua intolerância que também foram vítimas de sua frase mais brutal “ A liberdade só será obtida quando o último rei for enforcado nas tripas do último padre”. Nas comunidades de língua portuguesa, onde os ideais iluministas também foram fecundos, é impossível não associar VOLTAIRE ao significado de REVOLTA.