A História de hoje vai falar sobre o episódio da expulsão em todos os territórios portugueses dos padres da ordem chamada Companhia de Jesus, mais conhecidos como jesuítas, fato este que ocorreu em 1759 e foi executada pelo primeiro-ministro português, Marquês de Pombal. O interesse nesta medida de cunho iluminista era a imediata separação de estado e clero, tornando Portugal um estado laico, isto é, sem vínculos com a igreja. Os jesuítas eram os grande provedores do sistema educacional das colônias portuguesas, que com as medidas pombalinas, tiveram todas as instituições de ensino extintas e o governo português assumiu a responsabilidade pelo processo educativo do povo. As mudanças trouxeram graves problemas, pois Portugal não tinha um projeto educacional e a educação ficou sem rumo. Para substituir os professores jesuítas, o estado recorreu aos padres de outras ordens religiosas e até a pessoas formadas pelos jesuítas. Foi instituído o imposto chamado SUBSÍDIO LITERÁRIO, que visava o pagamento de professores e foi criado em 1722 e incidia sobre alguns produtos como o vinho e vinagre, mas a sonegação fiscal e a falta de regularidade no recolhimento do imposto levava os professores a ficar vários meses sem receber nenhum pagamento. Eis um dos motivos dos números absurdos da baixa instrução educacional de nosso povo no período colonial, pois quando o Brasil tornou-se independente em 1822, apenas 16% dos integrantes da ELITE podiam se dizer alfabetizados. Entre os negros, somente 0,1% tinha esse privilégio. Em 1842, os jesuítas retornariam ao país e em 1843 fundariam um colégio em Florianópolis-SC. Na atualidade, a Companhia de Jesus conta com 20.170 membros. Possui 56 universidades e escolas politécnicas, distribuídas em dezenove países, onde estudam aproximadamente 400 mil alunos.