A história de hoje vai mostrar que às vezes, nem mesmo a morte é capaz de fazer valer a fatídica frase “descanse em paz”. É o caso do inglês OLIVER CROMWELL, líder da Revolução Puritana e grande estadista da Inglaterra entre 1653 e 1658. Durante sua vida foi um dos responsáveis pela queda da Monarquia e consequentemente derrota do rei Carlos I durante a Guerra civil inglesa e sua subsequente decapitação, Cromwell tinha tornado-se Lord Protetor e regente da Comunidade da Inglaterra. O seu legado passou a seu filho Richard, que foi derrubado pelo exército em 1659, após o restabelecimento da monarquia e o retorno do rei Carlos II, que vivia no exílio. O parlamento (câmara dos comuns) do governo de Carlos II ordenou a exumação do corpo de Cromwell na Abadia de Westminster. Em janeiro de 1661, DOIS ANOS APÓS SUA MORTE, o corpo de Cromwell, foi desenterrado, exumado e ENFORCADO. O cadáver passou todo o dia do 12º aniversário da morte do rei Carlos I pendurado em uma forca em praça pública. Em seguida, A cabeça do cadáver de Cromwell foi DECAPITADA e exposta espetada num piquê aproximadamente 6 m de altura na Westminster Hall, enquanto seu corpo sem a cabeça era enterrado sob a forca. A cabeça do ex-Lorde Protetor passou o dia em exposição até ser retirada e levada para casa por um soldado da guarda, que desapareceu com ela. A cabeça embalsamada passou de mãos em mãos por séculos, sendo inclusive vendida em 1814 como objeto de arte para colecionadores, até ser finalmente resgatada e enterrada em 25 de março de 1960 nos jardins do Sidney Sussex College, em Cambridge. Até hoje resta dúvidas sobre a autenticidade da cabeça de Cromwell mas não resta dúvidas que Cromwell não teve a paz desejada mesmo após sua morte.