Quem tem menos de 25 anos e assistiu ao debate ontem notou que há uma disputa enorme pela paternidade da ESTABILIDADE ECONÔMICA DO BRASIL. Uma disputa Tola, diga-se de passagem, pois historicamente falando, o processo iniciou a partir da criação do PLANO REAL em 1994, durante o governo do já falecido presidente ITAMAR FRANCO, isto é nem do Lula e nem do FHC. Os jovens ficam vendo este espetáculo grotesco da disputa de ver quem é o pai da criança e as vezes ficam confusos. Está confusão provocada pela insensatez e até uma certa má fé em tentar reescrever a história de acordo com as conveniências e interesses partidários foi a inspiração para escrever este pequeno relato histórico. Em 1994 o Ministro da Fazenda no governo de Itamar Franco era Fernando Henrique Cardoso, que liderou uma equipe de notáveis economistas e utilizando medidas planejadas, duras e ousadas conseguiram obter êxito e a inflação violenta que tínhamos anteriormente ficou apenas na história (mas o trauma de ela voltar assusta os brasileiros até hoje. Para se ter uma ideia da instabilidade econômica que vivíamos é só relembrar que o Brasil trocou de moedas OITO VEZES vezes em pouco mais de 50 ANOS. Depois de réis, cruzeiro, cruzeiro novo, cruzado, cruzado novo, novamente cruzeiro e cruzeiro real, depois de utilizar uma paridade de 2.700 Cruzeiros Reais = 1 URV (Unidade real de Valor) = 1 Dólar o país finalmente adotou a moeda REAL em 1º de julho de 1994. Em 1994, era possível comprar um quilo de carne de frango ou 10 pãezinhos com uma nota de R$ 1. O frango chegou até mesmo a ser usado como garoto-propaganda do Plano Real (e catapultou FHC à presidência da República nas eleições de 1994), o que fez com que o consumo anual da carne de frango subisse de 14 kg para 40 kg por pessoa. Era o milagre da valorização da moeda e da estabilidade econômica que fez uma verdadeira revolução social em nosso país e todos foram beneficiados. As notas mais modernas do real, lançadas em 2010, possuem tamanhos diferentes e diversas tecnologias que garantem a sua autenticidade. Por não ser mais fabricada e raramente vista em circulação, a antiga nota de R$ 1 pode chegar a valer até R$ 100 para colecionadores. A maioria delas, porém, acaba sendo comercializada por R$ 15 ou R$ 20, o que já é um ótimo lucro para o vendedor. Encontrar uma nota de R$ 1 é tão RARO que ela acabou ganhando um certo misticismo e, hoje, há quem prefira guardar essas cédulas na carteira, PARA DAR SORTE. Porém, engana-se quem acha que ela sumiu completamente do mercado: de acordo com dados do Banco Central (BC), existem mais de 150 MILHÕES dessas notas em circulação no Brasil.