Hoje vou contar uma história, cuja inspiração veio enquanto eu comia, em meu café da tarde, uma pequena fatia do popular Bolo Marta Rocha (aquele recoberto com deliciosos fios de ovos, cuja base do confeito é a massa chamada de PÃO-DE-LÓ. Trata-se de um bolo de origem portuguesa, que veio para o Brasil durante a colonização. Sua composição é feita utilizando muitas gemas de ovo e era servido somente em ocasiões especiais. Uma destas ocasiões especiais o qual o bolo era servido, trata-se da última refeição dos condenados à morte, onde era acompanhado de vinho, sendo assim, o pão-de-ló ganhou o apelido de “BOLO DO ENFORCADO”. Outra iguaria de origem portuguesa muito apreciado em nosso tempo é a RABANADA, que também tem uma história curiosa. Ela surgiu da ideia de aproveitar os restos de pão duro. Existe até uma lenda portuguesa sobre a sua invenção o qual relato: “ Era uma vez uma mulher pobre, sem ter quase nada para comer, precisava alimentar seu filho recém nascido. Seus únicos alimentos eram restos de pão dormido molhados em leite que ela adoçava e passava ovos para depois fritar. A mulher comia então está mistura e teve tanto leite que ela amamentou seu filho e ainda sobrou para amamentar outras crianças”. A rabanada virou simbolo de prosperidade e fartura, ficando conhecida como “FATIA DE MULHER PARIDA”, “FATIA PARIDA” ou “FATIA DOURADA” e até hoje em Portugal, na véspera de Natal a rabanada está inserida na ceia, e aqui no Brasil, sobretudo no nordeste e principalmente nos meios rurais e mais pobres, a rabanada é servida às mulheres que acabam de ser mães, pois acredita-se que ela alimenta bem a mãe e faz criar mais leite para alimentar o bebê.