Hoje vou continuar com a série de histórias falando em BELEZ e em especial, um pouco sobre a história dos COSMÉTICOS. A maquiagem que é usada hoje ajudou a criar os parâmetros que dividem a beleza da feiura e também a elegância do ridículo (maquiagem em excesso) e o mais interessante do que vou relatar hoje, vai ligar os COSMÉTICOS e por incrível que pareça, a uma coisa muito inusitada: o direito a GREVE. No Egito, durante o reinado de Ramsés III (cerca de 1180 a.C.), operários que construíam obras públicas em regime de servidão coletiva fizeram uma manifestação para exigir uma espécie de “pagamento” que eles recebiam e os mesmos estavam atrasados. Como nessa época não havia moeda, o pagamento era feito com ferramentas, alimentos e COSMÉTICOS, isso mesmo, que eram utilizados para a proteção individual do sol. Os óleos eram feitos a partir da gordura de patos e gansos, eram usados como protetor solar e as pastas pretas aplicadas em torno dos olhos, tinham como função diminuir a incidência de luz do sol. Os trabalhadores só pararam com os protestos, quando o Vizir (espécie de primeiro ministro) pagou o que devia, inclusive a MAQUIAGEM. Portanto a primeira “greve” realizada e registrada na história da humanidade aconteceu no Egito e uma das reivindicações era o direito a MAQUIAGEM. (Fonte: Antonio Brancaglion Júnior, egiptólogo do Museu Nacional)