Histórias de atrocidades cometidas principalmente pelo exército brasileiro durante a GUERRA DO PARAGUAI ocasionaram um trauma incalculável sobre aquele povo. A história que conto hoje remete a figura controversa do Conde d’Eu (1842-1922), cujo nome era Gastão de Orléans, de origem francesa, o mesmo era casado com a princesa Isabel e acabou liderando as forças brasileiras na fase final da Guerra do Paraguai, substituindo o Luis Alves de Lima e Silva, que neste momento histórico possuía o título nobre de Marquês de Caxias. A memória do conflito, com destaque para a atuação do conde d’Eu, é tão devastadora no Paraguai, que segundo o relato do embaixador brasileiro Vasco Mariz, é mencionada no dia a dia até hoje. Em visita ao Instituto Histórico Paraguaio, o diplomata brasileiro avistou uma criança brincando em um dos salões da instituição e, logo depois, uma senhora chegou para impor ordem: “Parem! Basta! Vão brincar lá fora no jardim, senão mando chamar o conde d’Eu!”. As crianças deram o popular “rala peito” do recinto de imediato….que bicho-papão, que nada, lá o negócio é o conde d’Eu! (Fonte: Depois da Glória, de Vasco Mariz)